Especialista da Sispro sugere 3 passos para ajudar a superar as dificuldades do setor
No varejo, um dos maiores desafios é a gestão dos estoques porque as empresas não levam em conta uma série de variantes, como, por exemplo, a necessidade da criação de processos que considerem todo o ciclo de vida de um produto na prateleira e nos armazéns. A constatação é de Patrick Piazza Santiago, especialista da Sispro Software Empresarial, fornecedora de sistema ERP . De acordo com ele, as empresas que mais sofrem são aquelas que possuem grandes variedades de itens e as que também possuem lojas em diversas regiões do país, separadas por culturas diferentes. O desafio é proporcionalmente maior quando os sistemas de gestão não acompanham esta evolução dos negócios, segundo o especialista.
Como o Varejo está na categoria das empresas que lidam com grades de produtos diversas e grande volume de itens, distribuídos por categorias de produtos, marcas, tamanhos, entre outras variações, o controle do estoque acaba se tornando um problema difícil de resolver em muitos casos. Uma rede varejista, por exemplo, pode ter processos de gestão de estoques diversos para atender aos negócios nas localidades onde possui suas lojas. “Pode acontecer de a rede possuir lojas em Fortaleza e em Porto Alegre, por exemplo, e os produtos consumidos em cada uma delas serem bem diferentes, o que faz com que a empresa tenha que considerar esta variação na gestão dos negócios e, consequentemente, seus estoques e relacionamento com fornecedores”.
Levando em conta estes cenários, Santiago conseguiu identificar os maiores gargalos na gestão de estoque e elaborou três passos para que os gestores possam melhorar a administração deste processo:
- O cadastro de produtos deve ser detalhado, minucioso, especificando detalhes que possam facilitar consultas sobre quantidade existente, vendas realizadas, compras de fornecedores, transferências entre lojas, devoluções, logística de distribuição etc.;
- Criar uma inteligência de compras utilizando o sistema de gestão para controlar estoque máximo e mínimo, visando identificar os produtos que devem ser repostos, quando e com que frequência. A utilização de baixas automáticas do estoque de forma segura é fundamental neste processo;
- Procedimentos internos para controle de estoque devem levar em conta os depósitos trancados, sendo que as retiradas devem ocorrer somente com requisições e NF-e para esta finalidade. O depósito deve ser organizado por grupos de produtos e endereçados, entre outras especificações. A rastreabilidade dos itens é vital e a empresa deve considerar o uso de tecnologias de rastreamento, como as tags de rádio frequência, RFID, por exemplo, que oferecem diversas outras vantagens se comparadas com os tradicionais códigos de barras.
Santiago lembra que no Brasil houve um tempo em que ter grandes estoques no começo do mês representava uma forma de reduzir os efeitos da inflação alta, quando ela chegou a ultrapassar a casa dos 80% ao mês. Em outras épocas, quando o congelamento de preços foi adotado no Brasil o problema era não ter produto suficiente para atender à demanda. Em tempos de crises ou vacas gordas, tanto faz, a gestão dos estoques sempre se apresentará como fundamental para os negócios. “Ter isso em mente é criar as possibilidades de ter um planejamento adequado dos negócios. Além disso, a competividade faz com que os gestores busquem soluções para resolver este dilema. Certamente eles devem considerar a evolução tecnológica dos sistemas de gestão e selecionar um fornecedor que possa ajudá-lo a elaborar ou melhorar os processos internos com esta finalidade”.
Fonte: Sispro Software Empresarial – 30/10/14
Por Patrick Piazza