Quando o assunto é a saúde do profissional os RHs estão cada vez mais atentos, mas ainda falta maior preocupação por parte dos empreendedores. A saúde mental dos colaboradores é um dos principais causadores de afastamentos e mais, é o fator que mais influencia nos ganhos anuais do empreendimento.
Apenas em 2017, os transtornos comportamentais e mentais representaram praticamente 10% da concessão de auxílio-doença, segundo o Ministério da Fazenda. É simplesmente o terceiro fator que mais atua no afastamento.
Então, descubra como é crucial se atentar à saúde mental dos colaboradores. Faça desta obrigação perante a Lei o diferencial competitivo que qualquer empresa almeja, afinal, o bem-estar dos profissionais é refletido diretamente nos processos do negócio!
A saúde mental dos colaboradores reflete a vitalidade da empresa
É importante destacar a necessidade de elaborar estratégias preventivas antes de pensar nas corretivas. Por se tratar de um problema silencioso, vide a depressão, que pode levar anos para ser diagnosticada, quanto antes a percepção maior eficácia terá o tratamento.
A rotina corrida aliada às longas horas de trabalho e alimentada pela alta carga de responsabilidades, formam a receita ideal para o surgimento de transtornos. Portanto, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é essencial tomar algumas precauções.
O primeiro passo, atuando como uma ferramenta, é aplicar questionários voltados à compreensão da saúde mental dos colaboradores. Logo em seguida, deve haver um diagnóstico dos gestores observando aspectos físicos como:
· Possível aumento de fadiga;
· Problemas advindos do sono;
· Alterações nos hábitos alimentares;
· Falta de concentração;
· Aumento da irritabilidade;
· Perda constante de memória;
· Desmotivação constante.
Entretanto, tão importante quanto identificar diretamente possíveis problemas é capacitar os gestores. Ao enfatizar a importância de analisar minuciosamente se torna mais simples implementar campanhas, com o objetivo de ampliar a conscientização.
Invista na saúde colaborativa acima da obrigação
Todos sabemos que um colaborador contente e saudável pode gerar grande aumento de produtividade. Por conseguinte, maior produtividade aliada à saúde colaborativa resulta em lucro, crescimento e profissionais mais bem realizados.
Todavia, mesmo sendo de senso comum, essa diretriz é por vezes atropelada por processos inapropriados à boa conduta da saúde do profissional. Em outras palavras, a maioria esmagadora das empresas assegura apenas o que é estipulado por Lei.
Os direitos dos colaboradores, principalmente aqueles voltados à saúde, devem sim ser respeitados e viabilizados. Porém, isso deve ser o mínimo que a gestão precisa oferecer, ou seja, deve ir além do básico e ofertar muito mais.
Além de cumprir as Leis trabalhistas promova em primeiro lugar a saúde mental dos profissionais. Garantindo assim que todos entendam como a cultura organizacional é pautada no bem-estar. Existem alguns aspectos que podem ser implicados em uma campanha inicial para promover a saúde, são eles:
· Divulgar a relevância da alimentação balanceada e saudável;
· Promover campanhas Antitabagismo;
· Implementar alongamentos no início da jornada diária;
· Mostrar a importância de se atentar à hipertensão;
· Incentivar diariamente à prática de exercícios e atividades físicas;
· Complementar o máximo possível o plano de saúde individual.
Estresse ocupacional: veja alguns dos gatilhos que estimulam o estresse
Seja numa carga excessiva de trabalho ou por problemas pessoais não tratados, o estresse ocupacional é uma realidade e deve ser combatido. Portanto, é imprescindível que a gestão esteja de prontidão para identificar cada um dos gatilhos que desencadeiam o estresse.
Assumindo que a cada centavo investido no colaborador, a fim de preservar sua saúde, a empresa alcance um retorno de 4 centavos, qual motivo uma gestão teria para dar às costas a tal demanda? Sendo assim, conheça alguns dos principais gatilhos:
· Inadequação no ambiente de trabalho (barulho excessivo; sujeira);
· Jornadas de trabalho excessivas e abusivas;
· Ausência de Planos de Cargos e Salários, resultando em baixa perspectiva de crescimento;
· Gestão ineficiente ou pouco atenta às necessidades dos colaboradores;
· Baixa autonomia gerando sensação de incapacidade profissional ou senso de pertencimento;
· Fatores tecnológicos desatualizados, ocasionando problemas diários;
· Falta de uma gestão de inovação moderna;
· Salário não condizente com a formação ou cargo de atuação;
· Falta de segurança proporcionada pela gestão;
· Pouco reconhecimento das habilidades, competências e realizações;
· Ausência de treinamentos e capacitações;
· Ausência de construtivos feedbacks que viabilizam maior entendimento dos processos.
Esses são apenas alguns dos gatilhos mais simples de serem diagnosticados. É crucial, assim que identificados, iniciar um tratamento da forma mais apropriada possível.
Garantir a saúde mental e física dos colaboradores é o primeiro passo para alcançar a cultura organizacional ideal, a fim de que ambas as partes atinjam seus objetivos e metas!