Assim como os dados são imprescindíveis para análise que se torna o diferencial competitivo, podem se tornar também um grande problema. Diretamente relacionados à ética digital, o tema é bastante discutido e alvo de polêmica nas empresas.
Temos hoje, um leque imensurável de novos recursos que, combinados, habilitam as empresas a entregar produtos e serviços customizados como nunca visto antes. Podemos citar o Big Data, Machine Learning e IoT (Internet of Things) como influenciadores diretos desse moderno cenário empresarial.
A troca de informações e dados nunca alcançou o patamar que ocupa hoje, mas isso se tornou um sinal de alerta. Afinal, uma relação só prospera se houver confiabilidade na troca de experiências e integridade.
Descubra como é possível estimular a ética digital na empresa em 4 passos. Garantir a privacidade exigida, tanto em lei quanto na relação empresa-cliente, é o primeiro passo na escalada da adequação certeira, por isso acompanhe!
O que é ética digital e qual sua importância
O tráfego global de dados e informações deve se intensificar em quase 7 vezes até 2021. Esses dados são da Cisco, que é líder mundial em TI. Portanto, podemos estabelecer que, cada dia mais as pessoas confiam suas informações pessoais às empresas.
Em troca, esses consumidores esperam nada menos do que a segurança de seus dados e, acima de tudo, respeito. É fundamental que as empresas como um todo estabeleçam uma impressão digital positiva, que é resultado de boas práticas.
Considerando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o processo não deve se basear apenas acerca da legislação sobre os dados, mas também sobre como isso impacta a vida dos consumidores.
Portanto, a ética digital significa precisamente isso: um sistema de princípios somados aos valores adotado por uma empresa, com o intuito de conduzir todas as interações digitais que acontecem entre pessoas, empresas e coisas.
Sendo assim, a importância dessa específica ética se dá no sentido de que as relações e, acima de tudo, a privacidade e garantia de anonimato, sejam transmitidas aos consumidores.
4 passos para promover a ética digital e assegurar a privacidade exigida
Separamos 4 passos para que consiga estimular a ética digital e, assim, garantir a privacidade intrínseca às interações comerciais, confira!
1 – Os colaboradores devem ser os primeiros a exercitarem as diretrizes
Você sabia que em face ao Código de Defesa do Consumidor, a venda de dados cadastrais dos consumidores por uma operadora de telefonia móvel, não é tido como crime?
Indiferente ao fato de transpassar ou não a lei, não é a mesma que é denegrida, mas sim a confiabilidade que deveria existir entre cliente e empresa. Desse modo, é primordial que os profissionais de TI abracem essa causa.
Ao mostrar o quanto essa “estratégia” fere a imagem do empreendimento, desenvolve-se o senso de certo e errado. Como resultado, os colaboradores passam a enxergar as consequências de seus atos.
2 – O valor pessoal dos clientes é a base do código de ética digital
Qual melhor forma de elaborar o código de ética digital da empresa, se não baseado nos parâmetros tidos como aceitáveis pelos próprios consumidores? Logo, deve existir a padronização alinhada com atitudes internas.
É possível, portanto, abarcar aquilo que os titulares das principais informações que formam o seu banco de dados, julgam aceitáveis. Além de assegurar que nenhum elo de confiança seja partido, é viável ofertar serviços e produtos condizentes com suas expectativas.
3 – A segurança da informação deve ostentar grandes investimentos
A perda de informações ou propriamente, o roubo dos dados, pode acarretar imensuráveis estragos à sua empresa. Não bastasse a carga de ações jurídicas decorrentes do processo, a mancha na reputação e segurança digital pode nunca mais ser limpa.
Por meio de alguns dados de empresas americanas podemos ilustrar bem esse cenário. Mais de 50% dos empreendimentos americanos atacados por vírus e invasões não conseguem se reerguer e têm de encarar o encerramento das atividades.
Sendo assim, para minimizar os riscos pertinentes à exposição de informações sensíveis, invista em segurança da informação. Isso pode ser alcançado com a aquisição de:
- Equipamentos e ferramentas de última geração;
- Integrar as funcionalidades do cloud computing no backup dos dados;
- Desenvolvimento de Passwords (senhas de acesso) mais bem estruturados;
- Sistemas que se utilizam de backup automático em nuvem;
- Diretrizes do Big Data, pois auxilia na detecção de padrões irregulares.
4 – Elaborar um sistema de controle de acesso específico
Uma das formas mais eficazes de garantir a ética digital e preservar a imagem da empresa, é por meio de um elaborado controle de acesso. Essa ação garante que nenhum colaborador, de forma intencional ou não, coloque as informações em risco.
Além disso, elimina qualquer chance de que os mesmos possam vir a veicular materiais que não condizem com as diretrizes e crenças, tanto da empresa quanto de seus clientes.
Esse cenário pode ser promovido pelo desenvolvimento da cultura organizacional pautada no respeito e confiança. Dois elementos cruciais para que a ética seja mantida e passe a configurar um diferencial competitivo à empresa.
Cedo ou tarde será necessário se adequar à ética digital, por que então, não começar hoje mesmo? Afinal, é possível, além de respeitar a lei, amadurecer a imagem de uma empresa voltada à inovação e processos otimizados!