O crescimento do comércio online e mobile criou a necessidade de sistemas altamente disponíveis. Cada minuto de downtime se traduz em uma grande perda de receita. No caso do varejo, isso é ainda mais evidente em períodos de pico, como dia das mães, dia dos namorados, dia das crianças e natal. Segundo uma pesquisa do IDC, cada hora de downtime custa às organizações até US$ 100 mil.
Uma estratégia comum dos gestores de rede para aumentar a disponibilidade é a redundância. Acontece, entretanto, que a redundância não aumenta a resiliência, que é justamente a capacidade de resistir a falhas e se recuperar de eventuais adversidades. Acontece que aumentar a redundância não resolve o problema de suportar a carga –que só tem aumentado
Por que a redundância não previne falhas
Apesar de todas as camadas de redundância, as interrupções ainda podem ocorrer, inclusive, em graus muito sérios. Isso acontece porque, apesar de haver um mecanismo de backup, ainda é preciso que haja uma maneira de se recuperar de falhas de maneira rápida e eficiente.
O investimento em redundância não impede, por exemplo, que ocorra o que é chamado de “tempestade perfeita” e derrube todo o sistema. Apesar de existirem muitas camadas, todas elas contêm falhas, que, quando alinhadas, podem permitir que um acidente ocorra.
Portanto, dedicar o budget de TI à adição de camadas de redundância não vai, necessariamente, aumentar a disponibilidade da TI. Para isso, é preciso criar uma estratégia de resiliência para oferecer resistência às adversidades e capacidade de recuperação.
Construa resiliência
Um aspecto importante dessa estratégia deve ser o gerenciamento de ativos críticos, principalmente quando há sites remotos, como lojas de varejo ou postos de gasolina. Um sistema de gerenciamento bem projetado vai ajudar a não só reduzir o tempo de downtime, mas a reduzir os custos gerais para manter os sistemas.
Uma das dificuldades encontradas para conquistar a tão desejada resiliência é a complexidade dos sistemas atuais, que misturam infraestrutura legada híbrida, novas aplicações, capacidades de servidores virtualizados e recursos baseados na nuvem privada e pública. As redes ainda precisam suportar o volume, a velocidade e a variedade crescentes do streaming de dados de numerosas aplicações e diferentes formatos.
Para garantir o nível esperado de continuidade, seja para as operações diárias ou para eventos inesperados, é preciso ter um entendimento claro das exigências do negócio e de como os processos e fluxos de trabalho impactam a capacidade da rede para identificar a totalidade dos recursos necessários. A chave é construir um processo operacional que integre, orquestre e alinhe prioridades os objetivos da TI e os dos executivos, que costumam ser bem diferentes.
Enquanto a TI se preocupa mais em oferecer serviços sempre disponíveis, os executivos têm uma visão mais ampla do negócio e se preocupam com a capacidade de responder e minimizar o efeito de eventos que podem atrapalhar as operações e a habilidade de fazer mudanças rapidamente nos processos existentes.
Para isso, vale dividir os esforços de resiliência em três blocos: segurança da informação e governança de dados, continuidade e recuperação de desastres e gerenciamento dos serviços de TI.
Para gerenciar serviços de TI garantindo a resiliência dos sistemas é importante o uso de dispositivos de rede de configurações flexíveis, como roteadores e switches, para adaptar rapidamente suas operações às mudanças de volume e tráfico. O SDN, por exemplo, oferece uma arquitetura flexível para configurar facilmente dispositivos de rede.
Por meio do SDN é possível ter uma visão completa e transparente do ambiente e facilmente otimizar o uso de vários componentes da rede, como switches físicos e roteadores. As redes definidas por software dão suporte ao movimento dinâmico de cargas de trabalho, evitando assim a sobreposição de virtualização de rede.
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Por: Rogerio Costa
Fonte: corporate.canaltech.com.br